Uma ação de resPEITO! 🤱
Nos dia 01/08, data que inicia a campanha do #AgostoDourado , e no dia 29/08, em apoio ao aleitamento materno, tivemos aqui no auditório da Maternidade Domingos Lourenço duas edições do Workshop […]
A perda gestacional é uma fatalidade de grande ocorrência entre as grávidas. Boa parte dos estudos apontam que cerca de 20% das mulheres acabam tendo a gravidez interrompida espontaneamente até a 22ª semana, ou a perdem com até 28 dias de nascida.
O assunto é extremamente delicado, mas acontece bastante e precisa de atenção para que seja tratado de forma consciente pela sociedade, ajudando mulheres a se refazerem emocionalmente deste trauma tão grande.
Para dar visibilidade ao tema, preparamos esse texto sobre a compreensão e o amor que a perda gestacional precisa.
Desejamos uma boa leitura!
A ocorrência afeta um bom número de mulheres em todo o mundo, podendo acontecer entre a 12ª semana de gravidez, até a 22ª. A partir desse último período, é considerada perda gestacional tardia.
Já a morte neonatal está relacionada ao falecimento do recém-nascido com até 28 dias de vida. Em qualquer caso, a perda envolve um imenso vazio no coração e no corpo dessas mães, que chegaram a conhecer ou não, seus filhos.
Os pais que sentem a dor de perder um filho têm seus sonhos e esperanças interrompidos, principalmente quando esses sonhos, sem dúvidas, envolviam planos de formar uma família saudável e feliz.
A perda gestacional compreende ainda a frustração de acontecer, na maioria dos casos, inesperadamente, podendo gerar um sentimento de culpa na mulher, que pode achar que fez algo de errado e, consequentemente, criar um trauma acerca da experiência de ser mãe novamente.
Um filho perdido pela família jamais será esquecido pelos pais, que podem se ver impotentes em conseguir mudar essa situação. O processo em lidar com a perda leva tempo para que a família possa assimilar todo o impacto que a experiência trouxe.
Porém, eles não precisam passar por isso sozinhos. Por isso, foi criado o dia 15 de outubro, que alerta para a conscientização da perda gestacional internacionalmente, como uma forma de prestar apoio e auxílio para aqueles que perderam seus filhos e tanto precisam de carinho, espaço e respeito.
Em alguns lugares dos Estados Unidos, pais e familiares são estimuladas a acender velas em uma enorme corrente de luz, como homenagem aos bebês que se foram, mas que seguem sendo amados. A esse momento, deu-se o nome de ‘Wave of Light”, ou onda de luz.
Prestar solidariedade às famílias e pessoas que passaram por essa situação é um dos primeiros passos para começar a ajudar. Muitas vezes, o que essas pessoas precisam é de carinho, conforto por meio de um simples gesto, uma conversa que as ajudem a entender como a vida seguirá a partir desse momento.
A indicação do apoio psicológico também é sempre muito válida, para quando a pessoa se sentir preparada para lidar com seus sentimentos. Em qualquer caso, respeito e espaço precisam ser dados a estes pais, para que possam passar por este luto de forma minimamente digna.
A compreensão é um divisor de águas que permite que essas pessoas vivam dia após dia sabendo que existe com quem contar e que a dor delas não é menor ou menos importante.
O objetivo deste dia é dar visibilidade aos pais, de modo que qualquer pessoa, não apenas família e amigos, tratem o tema com a devida sensibilidade que ele exige. Além disso, promove a luta por respeito quanto ao luto das mães e pais que passam por essa experiência, bem como ajudá-los a superar e não desistirem.
O dia 15 de outubro contribui divulgando informação sobre como esse momento pode ser na vida das pessoas que o passam, além de quebrar o silêncio e diminuir o tabu que existe ainda em torno do assunto, principalmente pela falta de entendimento em saber lidar com a dor do próximo.
Dias como esse nos fazem pensar e refletir sobre como devemos encarar a vida e como a dor afeta as nossas emoções, comportamentos e sentido da vida em âmbitos sociais e familiares. A perda gestacional é uma dor que precisa ensinar às pessoas do nosso convívio, como lidar e fornecer o apoio necessário às famílias.
O rompimento com a possibilidade de exercer a maternidade inevitavelmente traz à tona sentimentos como incapacidade, fracasso, frustração, tristeza, raiva e desapontamento, que se não tratadas desde o princípio, podem afetar os planos de vida da mãe, assim como seu convívio com outras pessoas.
É imprescindível que equipes médicas e profissionais da área da saúde estejam preparados para atender e ajudar, prestando o apoio e acompanhamento necessário para mães e pais. Não se trata de algo simples, e por isso, precisa ser discutido, para que a sociedade e instituições estejam cada vez mais preparadas para acolher.
Mesmo que a mulher tenha sofrido a perda gestacional ou do recém-nascido, uma série de direitos são assegurados para que a mulher consiga passar desse momento com dignidade e respeito.
Alguns desses direitos, são: o salário maternidade e a licença maternidade, que continuam valendo de acordo com a situação empregatícia da mãe.
Para dar continuidade ao assunto sobre os direitos da mulher na gestação, bem como em situações de perda, indicamos a leitura dos textos “O que é salário maternidade?” e “Licença-maternidade: entenda como funciona” para que você continue se informando mais sobre cada detalhe.
A perda gestacional e do recém-nascido é ainda um assunto pouco falado e carece de apoio. Por isso, o Hospital e Maternidade Domingos Lourenço resolveu trazer esse assunto à tona para ajudar a conscientizar mais e mais pessoas.
O dia 15 de outubro é importante para desenvolver um diálogo aberto, de maneira que as pessoas cooperem para o bem-estar das famílias que passam por um momento tão difícil como esse.
É importante respeitar e dar espaço, mas é essencial que todos ao redor estejam preparados para dar apoio neste momento em que essas mães vão precisar.
Se você achou que o nosso post ajudou você a refletir um pouco mais sobre perda gestacional, continue acompanhando nossos conteúdos e, se desejar, clique aqui para conhecer o nosso Hospital Maternidade.