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Uma condição muito comum na vida da mulher após a puberdade é o corrimento vaginal, que se dá pela secreção de líquido no canal vaginal. Este líquido, geralmente, pode ser branco ou transparente e possui odor fraco.
Na gravidez não seria diferente. Com tantas mudanças acontecendo em seu corpo, o surgimento de corrimento vaginal é mais uma das situações comuns na vida da gestante. Porém, isso não o torna menos alarmante.
É fundamental se atentar às características deste corrimento. Dependendo de aspectos como cor e espessura, é possível notar se este é um corrimento normal – ou seja, não associado a doenças ou inflamações ginecológicas -, ou se ele representa algum tipo de problema.
Para ajudar a esclarecer sobre corrimentos durante a gravidez, preparamos este post para que você saiba o que é corrimento vaginal, quais são as suas características e no que a mulher grávida deve se atentar.
Desejamos uma excelente leitura!
O corrimento vaginal uma secreção líquida que desce pelo canal vaginal. Este tipo de secreção tem por finalidade umedecer e lubrificar a vagina, mantendo-a limpa, de forma que evite inflamações e infecções.
Existem diferentes tipos de corrimento vaginal. O corrimento não associado a doenças ou a inflamação é chamado de corrimento vaginal fisiológico. Já quando a mulher possui uma doença ginecológica e o corrimento surge a partir deste caso, há o chamado corrimento vaginal patológico.
O corrimento vaginal fisiológico é formado por um conjunto de bactérias da flora vaginal, por células mortas da região e secreção de muco. Geralmente, ele possui de 1 ml a 4 ml de volume diário, podendo ser mais volumoso quando há mais estímulo hormonal, como na gravidez. Sua presença é considerada normal após a puberdade da mulher.
Já o corrimento vaginal patológico se dá por meio de infecções que provocam a inflamação do canal vaginal – a chamada vaginite. Gonorreia, clamídia e candidíase são algumas das doenças ginecológicas ligadas a este tipo de infecção, e esta classe de corrimento ocorre em mulheres cujos canais vaginais estão inflamados.
O corrimento vaginal durante a gestação costuma ser mais intenso nos 2º e 3º trimestres, e se intensifica conforme o crescimento do feto.
Apesar da intensificação do corrimento vaginal, é importante destacar à gestante para não interrompê-lo por meio de tampões internos, por exemplo, pois seu uso pode aumentar o risco de infecção ginecológica.
Em casos de infecção ginecológica – ou de corrimento vaginal patológico -, a gestante precisa se atentar para evitar complicações graves da doença, que podem ser irreversíveis à saúde do bebê. Dentre as consequências, destacam-se o parto prematuro, o aborto e a morte fetal.
Além do corrimento, as gestantes podem apresentar outros tipos de secreções vaginais. Um deles é a perda do tampão mucoso, um líquido de aparência pegajosa e/ou gelatinosa, que pode se misturar com um pouco de sangue, e indica que o corpo da mulher já está preparado para o parto.
Um outro tipo de secreção vaginal é o rompimento da bolsa. Este rompimento provoca uma grande drenagem de líquido amniótico, devido ao rompimento da membrana que envolve o feto, indicando o início do trabalho de parto.
Cada tipo de corrimento vaginal possui características específicas, que ajudam a mulher a entender o que está sendo produzido em seu corpo. Por isso, é fundamental que a gestante observe constantemente a espessura, a cor e o odor de seu corrimento.
Em caso de alteração do corrimento vaginal, consulte rapidamente o seu obstetra para tirar dúvidas e checar se a mudança interfere, ou não, no desenvolvimento da gestação e do feto.
Uma secreção branca, leitosa ou transparente é o que indica um corrimento vaginal fisiológico – ou seja, um corrimento normal e já esperado em mulheres que avançaram na puberdade. Ele também é espesso e acompanhado de odor fraco.
A identificação precisa de um corrimento vaginal fisiológico se dá pela ausência de sinais de dor, coceira, ardência ou vermelhidão. Se há algum tipo de irritação, mesmo que contida, é recomendável passar por exames laboratoriais para detectar se há infecção.
Uma secreção marrom, avermelhada ou parecida com uma borra de café indica um sinal de sangue coagulado. Sua presença pode ocorrer nos primeiros dias de gravidez, no primeiro trimestre ou no terceiro trimestre.
Nos primeiros dias de gravidez, é possível visualizar o corrimento marrom quando há a implantação do embrião na parede do útero. Em alguns casos, é quando a mulher ainda não sabe que está grávida, e pode confundir sua presença com o início da menstruação.
No primeiro trimestre, sua ocorrência se dá pela ruptura de pequenos vasos por conta do aumento da vascularização do útero e da vagina. Neste caso, esse tipo de corrimento não representa risco à gravidez.
Por outro lado, um corrimento sanguinolento no primeiro trimestre pode indicar aborto ou gravidez ectópica. Este sangramento vem acompanhado a dores ou cólicas. Neste caso, é importante procurar o obstetra com urgência.
Por fim, no terceiro trimestre, um corrimento amarronzado indica sinal de perigo. Pode estar associado ao parto prematuro ou ao descolamento prematuro da placenta. Se isso ocorrer, a avaliação urgente do obstetra vai indicar o caso.
O corrimento amarelado é um sinal de associação ao corrimento vaginal patológico – isto é, quando há a presença de doenças e/ou infecções ginecológicas no corpo da mulher gestante.
Além do aspecto amarelado, que pode chegar a ser esverdeado, suas características principais são: cheiro forte, dor e coceira vaginal, ardência para urinar e mudança repentina nas características ou no volume do corrimento. Em alguns casos, pode vir acompanhado de pus.
Alguns exemplos de doenças são a gonorreia, infecção transmitida através do contato sexual desprotegido com alguém contaminado; e a candidíase vaginal, infecção causada por fungos.
Nestes casos, faça um acompanhamento rigoroso com o obstetra, para evitar complicações à saúde do feto.
Para evitar o desenvolvimento de infeções ginecológicas durante a gestação, mantenha relações protegidas com o seu parceiro; utilize roupas íntimas de algodão, que não causam irritação; e opte por usar vestimentas como vestidos e saias, que não apertam a região íntima e arejam a área.
O tratamento de uma consequência indicada pelo corrimento vaginal durante a gravidez será avaliada e recomendado pelo médico obstetra.
Como existem diferentes casos de corrimento – branco, marrom ou amarelado -, é importante que o especialista faça uma avaliação de uma gestação específica para, assim, indicar qual é a melhor forma de tratamento para solucionar o problema.
O corrimento vaginal é uma característica comum na gestação, mas deve ser avaliado de perto pelo obstetra. Suas diferentes características indicam como está o desenvolvimento do feto no corpo da mulher.
Em um caso de corrimento vaginal fisiológico, o normal é que se espere uma secreção espessa branca, leitosa ou transparente, sem odor forte, indicando que está tudo sob controle. Já o corrimento vaginal patológico, de coloração amarela, indica uma infecção ginecológica e precisa ser rapidamente avaliada.
Por fim, uma secreção de cor marrom também indica corrimento, mas possui diferentes características que, dependendo do trimestre, podem indicar que há um risco à saúde do bebê. Portanto, é enorme o nível de importância em avaliá-las com o obstetra.
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