O que é Eclâmpsia e como ela acontece durante a gravidez e pós-parto?
A eclâmpsia é uma doença que na maioria dos casos surge durante os últimos 3 meses de gravidez.
Apesar disso, ela pode se manifestar em qualquer período a partir da 20ª semana de gestação, no parto ou pós-parto.
A doença é uma complicação grave na gravidez e é caracterizada por episódios repetidos de convulsões, seguidos de coma, e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente.
Pensando nisso, preparamos este artigo para que você saiba o que é eclâmpsia e como ela pode acontecer na gravidez e no pós-parto.
Boa leitura!
O que é Eclâmpsia?
A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia (doença vascular ocasionada pela má circulação placentária), que provoca pressão alta, geralmente superior a 140 x 90 mmHg, presença de proteínas na urina e inchaço do corpo devido à retenção de líquidos.
Mas, apesar das duas doenças estarem relacionadas, nem todas as mulheres com pré-eclâmpsia sofrem a evolução da doença para eclâmpsia.
Causas da Eclâmpsia
As causas da eclâmpsia estão relacionadas à implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta.
A falta de irrigação sanguínea da placenta ocasiona a produção de substâncias que ao caírem na circulação, alteram a pressão do sangue e podem causar lesões nos rins, fígado, vasos sangíneos e sistema nervoso central.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de eclâmpsia, são:
Gravidez em mulheres com mais de 40 anos ou menos de 18;
Histórico familiar de eclâmpsia;
Gravidez de gêmeos;
Mulheres com hipertensão;
Obesidade;
Diabetes;
Doença renal crônica;
Grávidas com doenças autoimunes, como lúpus.
Por último, vale ressaltar que a melhor forma de prevenir a eclâmpsia é através de um rigoroso controle da pressão arterial durante a gravidez, além, claro, do indispensável: realizar todos os exames pré-natal necessários para detectar sinais da doença o mais cedo possível.
Sintomas da Eclâmpsia
Entre os principais sintomas da eclâmpsia, estão:
Convulsões;
Dor de cabeça intensa;
Hipertensão arterial;
Aumento de peso rápido devido à retenção de líquido;
Inchaço das mãos e pés;
Inchaço de face;
Perda de proteínas pela urina (urina espumosa);
Zumbidos nos ouvidos;
Dor de barriga intensa;
Vômitos;
Alterações de visão.
Além disso, a eclâmpsia pode provocar algumas complicações, principalmente se não for tratada rapidamente e corretamente, como síndrome de HELLP, uma complicação da gravidez caracterizada por hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas.
Outra consequência da eclâmpsia é a diminuição do fluxo de sangue para o cérebro, o que pode causar lesões neurológicas, além de retenção de líquidos nos pulmões, dificuldades respiratórias e insuficiência renal ou do fígado.
Eclâmpsia no pós-parto
Em algumas situações, a eclâmpsia também pode surgir após o nascimento do bebê, principalmente nas mulheres que tiveram pré-eclâmpsia na gestação.
Por esse motivo, esses casos devem ser avaliados de perto, para que se possa identificar qualquer sinal de piora clínica logo nos primeiros dias após o parto.
Diagnóstico de Eclâmpsia
Para mulheres que já tenham recebido o diagnóstico de pré-eclâmpsia ou têm histórico da doença, o médico deverá solicitar exames para determinar se a pré-eclâmpsia apresentou algum quadro de piora e quais são as chances de regressão.
Entre os principais exames, estão:
Pressão arterial;
Exames de sangue para determinar contagem de plaquetas e funcionamento do fígado e rins;
Exames de urina, para identificar altos níveis de proteína;
Ultrassom fetal com Doppler, para saber como está o bebê;
Verificar a frequência cardíaca do bebê.
Tratamento da Eclâmpsia
A única forma de curar a eclâmpsia é o parto. Nos casos em que a doença tenha sido diagnosticada, o médico poderá antecipar o parto, dependendo da fase de gestação.
O parto prematuro pode ocorrer entre 32 e 36 semanas de gravidez, se surgirem sintomas de risco de vida.
No entanto, existem alguns tratamentos de pré-eclâmpsia que atuam apenas de forma preventiva, ou seja, para evitar o aparecimento da doença. Entre os principais, estão:
Medicamentos
Uso de medicamentos para prevenir convulsões (anticonvulsivantes).
Mudanças de estilo de vida
Realizar mudanças no estilo de vida, como ingerir pouco sódio, manter o peso, dormir adequadamente e fazer atividade física.
Hospitalização
Na maioria dos casos, a eclâmpsia exige hospitalização em setor de cuidados intensivos, onde o bebê será monitorado e o volume de líquido amniótico é medido frequentemente, já que a falta de líquido amniótico é um sinal de que o fornecimento de sangue para o bebê está deficiente.
Parto
Se o diagnóstico da pré-eclâmpsia ocorre perto do fim da gravidez, pode ser recomendada uma indução do trabalho de parto.
Em casos graves, pode não ser possível considerar a idade gestacional do seu bebê ou as condições do seu colo do útero. Se não for possível esperar, o médico pode induzir o parto ou agendar uma cesárea. Durante o parto, você pode receber sulfato de magnésio por via intravenosa para prevenir novas convulsões.
Considerações finais
Como vimos ao longo deste artigo, a eclâmpsia é uma doença grave que pode surgir nas gestantes, principalmente nos últimos 3 meses da gestação.
As causas para a doença são várias, por esse motivo, é fundamental realizar um acompanhamento pré-natal adequado para identificar qualquer complicação o mais cedo possível e iniciar o tratamento o quanto antes.
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