A depressão pós-parto é uma condição muito delicada para a mulher e a família após o parto. Esta condição dificulta a realização das tarefas da rotina da mulher, inclusive as que envolvem os cuidados com o bebê.
Ela pode trazer consequências ao vínculo amoroso entre a mãe e o recém-nascido. Estudos indicam que a rejeição afeta o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social da criança, promovendo sequelas emocionais durante o seu crescimento.
Para ajudar a esclarecer sobre o que é depressão pós-parto, destacar os sintomas e consequências, bem como o seu tratamento, preparamos este post super necessário para as mães, familiares e futuras mães.
Desejamos uma excelente leitura!
O que é depressão pós-parto?
A depressão pós-parto é um desdobramento da depressão. Ela também é caracterizada pela melancolia profunda e dificuldade de realizar funções simples do dia a dia.
Como o nome sugere, para ser considerada depressão pós-parto, os sintomas devem surgir até quatro semanas após o parto.
Uma das associações a este transtorno se dá pelo período de deficiência hormonal em que a mulher se encontra no pós-parto.
Durante a gestação, a mulher fica submetida a altas doses de hormônios, que caem bruscamente algumas horas após o parto.
Por outro lado, a depressão pós-parto também pode estar ligada a fatores, como: histórico de problemas e transtornos mentais, desgaste físico e problemas emocionais – como familiares e amorosos.
Não há uma causa específica para seu desenvolvimento. De acordo com um estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), entre os anos de 2011 e 2012, uma entre quatro mulheres apresenta sintomas de depressão pós-parto no período entre 6 e 18 meses após o nascimento do bebê.
Psicose pós-parto
Embora seja mais rara, a psicose pós-parto também pode se desenvolver em mulheres que acabaram de se tornar mães. É uma condição grave, que afeta mulheres que já tenham apresentado distúrbio bipolar antes da gravidez, ou que já tiveram psicose pós-parto em outra gestação.
Os sintomas começam geralmente durante as primeiras três semanas após o parto, e incluem mudanças drásticas de humor, vontade extrema de prejudicar o bebê, a si mesma ou a qualquer pessoa, alucinações e pensamentos delirantes.
Sintomas da depressão pós-parto
Os sintomas principais que configuram a depressão pós-parto são: a tristeza intensa, o desespero constante e a desmotivação profunda em lidar com a vida e com a rotina, especialmente a que envolve o recém-nascido.
Outros sinais e sintomas também ajudam a indicar se a mulher está sofrendo de depressão pós-parto.
Perda de interesse ou prazer em atividades diárias e/ou habituais;
Sentimento de culpa;
Perda ou ganho excessivo de peso;
Insônia ou sono constante;
Transtornos alimentares;
Excesso de preocupação;
Cansaço extremo;
Inquietação e indisposição;
Pensamento em morte ou suicídio;
Vontade repentina de prejudicar o bebê.
Consequências da depressão pós-parto
Dentre as consequências da depressão pós-parto, a principal delas é afetar, de forma prejudicial, a relação com o filho.
Além disso, a mulher que desenvolveu esta condição pode amamentar pouco e pode correr o risco de não cumprir com o calendário de vacinas da criança, afetando a saúde desse bebê.
Sob o ponto de vista emocional, a depressão pós-parto interrompe o vínculo afetivo, fazendo com que a mãe venha a interagir menos com o bebê.
Esta condição pode causar problemas familiares irreversíveis ao psicológico da criança, que pode sofrer com distúrbios em seu comportamento, como hiperatividade e atraso no desenvolvimento da linguagem.
Já para a mulher, a manifestação também acarreta em irritabilidade, choro frequente, desinteresse sexual, falta de esperança e sentimento de insegurança e desamparo. Em casos mais graves, a depressão pós-parto pode levar ao suicídio.
Prevenção e tratamento da depressão pós-parto
O tratamento da depressão pós-parto deve ser iniciado após um diagnóstico realizado pelo médico psiquiatra, durante uma avaliação clínica individual.
Dependendo do caso, pode ser indicado o uso de medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia. Além disso, o apoio de amigos, parentes e do próprio parceiro é fundamental para uma melhor evolução do caso.
Entre as melhores formas de prevenir a depressão pós-parto, destacam-se: cuidar da saúde mental, manter uma alimentação saudável, não consumir artifícios como cafeína e álcool e evitar o isolamento.
Se não tratada adequadamente, a depressão pós-parto pode durar meses, tendo como consequência um distúrbio depressivo crônico, além de acarretar em outras situações mais graves, como suicídio. Portanto, é importante seguir o tratamento conforme indicado pelo especialista.
Caso você note uma instabilidade emocional mais intensa do que o habitual, não hesite em procurar ajuda profissional. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor para a sua saúde e para a do seu bebê.
Considerações finais
Não há uma causa específica para o desenvolvimento da depressão pós-parto. Sabe-se, porém, que suas consequências podem causar danos irreversíveis à saúde da mulher e a do bebê, já que a relação materna fica fragilizada por conta do transtorno.
Uma vez em que os sintomas da depressão pós-parto são reconhecidos, é fundamental que a mulher receba o diagnóstico por um médico psiquiatra. Desta forma, ela será submetida ao tratamento, que pode aliar medicamentos com terapia, bem como receber acompanhamento médico.
A mulher que sofre de depressão pós-parto precisa ser acolhida pela família, pelos amigos e pelo parceiro, para que todos possam reverter o sentimento de culpa e de rejeição que pode ficar na criança. Portanto, um tratamento adequado é fundamental para a recuperação de ambas as partes, mãe e filho.
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