Gravidez de risco: sinais de alerta durante a gestação

Gravidez de risco: sinais de alerta durante a gestação

Antes de darmos início ao conteúdo, precisamos entender o que podemos considerar como uma gestação de risco.

O que é uma gravidez de risco?

Consideramos uma gravidez de risco quando condições adversas podem oferecer algum risco para a saúde da mãe e do bebê.

Os motivos que podem levar a mulher a desenvolver uma gravidez arriscada variam de acordo com a paciente, e as causas podem ser divididas em três principais grupos de risco: doenças maternas, doenças fetais e doenças materno-fetais.

Em relação ao primeiro grupo, podemos considerar como principais sinais, a idade, doenças cardíacas, tireoidianas, pulmonares, infecciosas, distúrbios da coagulação e tromboembólicos, diabete, hipertensão arterial, entre outras.

No segundo grupo, no caso das doenças fetais, as principais causas são malformações congênitas, anormalidades cromossômicas, gestações múltiplas, infecções e prematuridade.

E para identificar os sinais dessas doenças, é necessário realizar um acompanhamento pré-natal adequado.

O grupo das doenças materno-fetais normalmente apresenta como principais sinais problemas como insuficiência istmo-cervical, rotura prematura da bolsa das águas, implantação anômala da placenta, trabalho de parto prematuro, pré eclâmpsia, com seu grave componente hipertensivo e outros.

Vejamos a seguir algumas situações que podem funcionar como sinais de alerta para uma possível gravidez de risco:

Pressão alta e pré-eclâmpsia

A pressão alta na gravidez pode ser causada por alimentação rica em sal, sedentarismo, má formação da placenta ou uma implantação inadequada dela no útero. Além disso, ela aumenta as chances da gestante ter pré-eclâmpsia, que é o aumento da pressão arterial e perda de proteínas na urina durante a segunda metade da gestação.

Diabetes

O elevado nível de açúcar no sangue da mãe pode comprometer o bebê, podendo causar um excesso de peso na criança, e dificultando no parto, principalmente para as mamães que já eram diabéticas anteriormente a gestação.

Nesses casos, pode haver a necessidade de realizar uma cesárea. Além disso, o bebê tem mais chances de nascer com problemas como icterícia, hipoglicemia e problemas respiratórios.

Gravidez gemelar

Quando a mulher está grávida de gêmeos, isso pode representar um sinal que a gravidez seja considerada de risco. Isso acontece, porque nesse casos o útero tem de se expandir mais e todos os sintomas da gravidez são potencializados.

Além disso, em casos de gravidez gemelar, as chances de desenvolver outras complicações também aumentam, principalmente situações de pressão alta, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e dores nas costas.

Sendo assim, mulheres grávidas de gêmeos devem consultar o seu obstetra frequentemente para acompanhar o desenvolvimento do bebê.

Estilo de vida

Mulheres com hábitos que prejudicam tanto a sua saúde como a saúde do bebê apresentam chances de maiores de ter uma gravidez de risco.

Por exemplo, o consumo de álcool e drogas durante a gravidez afetar a placenta  e provocar atraso no crescimento, retardo mental ou malformações no coração e na face do bebê.

Além disso, a fumaça originada pelo cigarro também aumenta as chances de aborto e pode causar problemas no feto como por exemplo: fadiga muscular, hipoglicemia, perda de memória, dificuldade respiratória e síndrome de abstinência.

Medicamentos

O uso de alguns medicamento de uso contínuo podem prejudicar a gestação e provocar efeitos colaterais.

Mulheres que tenham usado algum medicamento composto por fenitoína, triamtereno, lítio, estreptomicina, as tetraciclinas e a varfarina, morfina, anfetaminas, barbitúricos, codeína e fenotiazinas.

Sendo assim, ao engravidar é fundamental comunicar ao seu médico sobre o uso de medicamentos para realizar uma avaliação e saber como poderá afetar a gestação.

Imunidade baixa

Os casos em que a mulher apresenta infecções vaginais, herpes, parotidite, rubéola, catapora, sífilis, listeriose ou toxoplasmose e o sistema imunitário fica enfraquecido representam um sinal da possibilidade de desenvolver uma gravidez de risco.

Além disso, grávidas que tenham contraído DSTs, diagnosticadas com câncer ou hepatite ficam com a imunidade baixa e aumentam, consequentemente, as chances de ter complicações durante a gravidez.

Outras patologias como: epilepsia, doenças cardíacas, mau funcionamento dos rins ou doenças ginecológicas podem ser sinais de uma possível gravidez de risco.

Idade (gravidez na adolescência ou acima dos 35 anos)

Quando a mulher engravida muito nova, com idade inferior a 17 anos, as chances de riscos na gravidez aumentam, já que o corpo jovem ainda está em formação e ainda não está totalmente preparado para o desenvolvimento adequado do feto.

Além disso, mulheres que engravidam com mais de 35 anos aumentam as chances de desenvolver uma gestação de risco, e as chances de gerar um bebê com alterações cromossômicas são maiores, como Síndrome de Down.

Peso (inferior ou superior)

Gestantes com IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 18.5, estão sujeitas terem o bebê antes da hora. O peso inferior ao indicado também aumenta as chances de aborto, atraso de crescimento e desenvolvimento de doenças cardíacas no bebê.

As mulheres com peso excessivo, ou seja, com um IMC maior que 35, também apresentam mais chances de ter complicações na gestação. Além disso, o bebê pode desenvolver obesidade e diabetes.

Históricos de complicações na gravidez

É possível que um problema genético da mãe prejudique o desenvolvimento correto do feto. Nesse sentido, é importante que o médico analise o histórico da gestante para avaliar o risco de ter uma gravidez de risco.

Por isso, mulheres com o histórico de partos prematuros, abortos repetidos ou até mesmo morte do bebê após o parto, devem ser consideradas dentro do grupo de risco.

Como prevenir uma gravidez de risco?

Se você faz parte do grupo de risco ou se identificou com alguns dos fatores mencionados acima, é fundamental consultar um obstetra e seguir todas as indicações, se possível antes de engravidar..

É importante manter uma alimentação saudável, evitando frituras, doces e adoçantes artificiais, evitar bebidas alcoólicas, cigarros, drogas, controlar o peso e tomar apenas remédios recomendados pelo médico.

Além disso, é fundamental fazer um acompanhamento pré-natal adequado e realizar os exames médicos necessários, como de urina, ultrassonografia,exame de sangue, para avaliar o estado de saúde da mulher e do bebê.

Conclusão

Como vimos ao longo deste post, existem vários motivos que podem causar uma gravidez de risco.

Nesse sentido, mulheres que façam parte do grupo de risco ou que se identifiquem com as causas mencionadas no post, devem ser acompanhadas com regularidade por um médico, para avaliar o estado de saúde do bebê e da paciente.

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Autor: avellarmedia
Publicado há 6 anos

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