Depressão pós-parto: causas, sintomas, tratamento e impacto na vida do bebê

Depressão pós-parto: causas, sintomas, tratamento e impacto na vida do bebê

Toda a rotina muda após o nascimento do bebê. Além do cansaço, a mulher pode se sentir extremamente vulnerável nesse período, já que a responsabilidade de cuidar de uma nova vida é muito grande. Toda essa pressão pode alterar o seu humor e prejudicar a sua rotina e o seu convívio com o bebê. Quando isso acontece, essa mãe pode estar desenvolvendo uma depressão pós-parto.

Acha que pode ser o seu caso ou de alguém que conheça? Continue a leitura deste texto e saiba mais sobre essa condição, os seus sintomas e a sua forma de tratamento. E lembre-se: vocês não estão sozinhas

Desejamos uma excelente leitura!

O que é depressão pós-parto?

É uma condição de tristeza profunda que se inicia, geralmente, quatro semanas após o parto e pode se estender por um ano. Raramente, a situação pode evoluir para uma forma mais extrema, conhecida como psicose pós-parto. 

Muitas mulheres confundem a depressão pós-parto com o baby blues, que é uma alteração transitória do humor, muito associada à melancolia passageira, e está bastante associada à adaptação a essa nova fase. Normalmente, o Baby blues começa no 4º ou no 5º dia após o parto e pode durar por até duas semanas.

Só que a depressão pós-parto se caracteriza pelos transtornos de humor e por uma intensidade maior, não só no período, mas também nos seus sintomas, como sinais de uma ansiedade, a irritabilidade e o desânimo. 

Qual o impacto da depressão pós-parto na relação entre mãe e bebê?

De forma geral, a depressão pós-parto pode enfraquecer o vínculo afetivo entre mãe e filho e pode afetar o desenvolvimento e a saúde da criança. 

Vários estudos citam que a falta de interação com o bebê e a ausência de tratamento pode desenvolver, a longo prazo, efeitos no seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, como: atraso no desenvolvimento da fala, distúrbios de aprendizagem, dificuldades para dormir e problemas de comportamento.

Também há casos em que a mulher não consegue amamentar ou amamenta muito pouco, e consequentemente, o bebê corre riscos de apresentar baixo peso. 

Mas também há casos em que a mulher com depressão não se distancia do bebê. Ela pode continuar interagindo com ele na mesma frequência que as mães que não apresentam esse quadro, porém, a qualidade dessas trocas fica comprometida. 

Se a depressão se estender e se a mãe apresentar oscilações de humor, a relação entre mãe e filho pode ficar ainda mais estremecida, pois o grau de estresse da criança aumenta e ela se sentirá mais insegura.

Quais são as suas causas?

Não há uma causa específica. Apesar da doença estar muito ligada ao desequilíbrio hormonal, existem vários fatores emocionais, físicos e relacionados ao histórico de outros transtornos mentais.

Além disso, outros fatores podem ser os responsáveis por causar ou por provocar a depressão pós-parto:

Quais são os seus sintomas?

A melancolia intensa, a tristeza profunda, a falta de esperança, a desmotivação e o desespero são alguns dos sintomas mais intensos da doença. Além desses, as mulheres nessas condições também podem apresentar: 

Também é importante destacar os sintomas da psicose pós-parto. Os sintomas, que podem aparecer durante as três primeiras semanas após o parto, incluem:

Como é realizado o diagnóstico?

Por um médico psiquiatra, que realiza uma avaliação clínica da paciente. O diagnóstico é feito com observação nos sintomas, no histórico da mulher e no contexto em que ela se insere.

O profissional também pode pedir exames de sangue para determinar se há a disfunção de hormônios no organismo. 

Qual é o tratamento?

O tratamento é feito individualmente, por um médico psicólogo e/ou psiquiatra. Dependendo do caso, o médico psiquiatra também pode indicar medicamentos antidepressivos. 

Além disso, o apoio da família, do parceiro e dos amigos também é essencial para ajudar a mulher a se sentir confortável, a aprender a lidar com a situação e a diminuir a sua sensação de culpa e de tristeza profunda. 

O apoio dos entes queridos também é muito importante para a mulher resgatar o seu interesse e o seu prazer nas atividades diárias.

Se não for tratada corretamente, a depressão pós-parto pode durar meses e se tornar um distúrbio depressivo crônico, ou seja, pode se tornar recorrente. Por isso, é essencial que a mulher continue sendo acompanhada terapeuticamente para o bem da sua saúde mental e, também, para estreitar os seus laços com o bebê. Quanto antes a depressão for tratada, menor será a sua influência no desenvolvimento da criança. 

Considerações finais

Nenhuma mulher se torna menos mãe por ter depressão pós-parto. Ao contrário do que muita gente pensa e julga, essa condição não é uma fraqueza, nem falha de caráter. Mais do que ninguém, a própria mulher sofre, sente-se culpada e tem medo de ser julgada, o que faz com que, muitas vezes, ela não tenha coragem de dividir esse sentimento com as outras pessoas. 

Por isso, é extremamente importante que essa mulher receba o apoio necessário, que vão ajudá-la a aliviar os sintomas e a reorganizar as emoções e os pensamentos. Inclusive, é neste momento em que ela pode liberar crenças que são impostas pela sociedade, como “a magia” da amamentação e da gestação, e que podem ser responsáveis por lhe despertar esse sentimento de tristeza profunda. 

Se você está grávida ou se tornou mãe recentemente, mas desconfia que possa apresentar os sintomas de depressão pós-parto, é extremamente aconselhável procurar ajuda médica o quanto antes para a sua saúde e para a saúde do seu bebê. 

Lembre-se: você não está sozinha e não deve se culpar por sentir o que está sentindo. Com a ajuda especializada você pode superar esse momento difícil.  

Se você achou que o nosso post possa ter te ajudado a entender sobre depressão pós-parto, clique aqui e conheça o nosso Hospital Maternidade. 

Temos todo o conforto que você e o seu bebê merecem.

Autor: Larissa
Publicado há 4 anos

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