Como ajudar o bebê a andar?
Os primeiros passos do bebê são muito esperados pelas mamães e pelos papais, que se derretem só de olhar aquele pequeno serzinho se desbravando em novas aventuras e se desenvolvendo aos poucos.
A gente sabe (e concorda) que o leite materno é o principal “combustível” na vida do recém-nascido. Mas com o passar do tempo, a criança precisará conhecer outros alimentos para receber diferentes fontes de nutrientes, essenciais para o seu desenvolvimento. É o que chamamos de introdução alimentar do bebê.
Mas muitas mamães e papais têm dúvidas sobre quando e como começar esse momento tão especial na vida da criança. Por isso, preparamos este post que aborda: em que momento se deve introduzir os alimentos sólidos; o que fazer com a amamentação neste período; o que deve ser oferecido; e muito mais.
Desejamos uma excelente leitura!
Segundo o Ministério da Saúde, com base nas informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a mãe pode introduzir a alimentação sólida a partir dos 6 meses de idade. Até esse período, a amamentação deve ser exclusiva e, até os 2 anos ou mais, complementar na rotina da criança.
Antes de começar a introdução alimentar do bebê, é necessário saber alguns fatores que podem facilitar esse processo e ajudar com que a criança tome muito mais gosto pela alimentação sólida. Leia a seguir!
Não se esqueça que a amamentação é complementar até os 2 anos ou mais. No início da inserção alimentar, continue oferecendo o peito em livre demanda. Depois, opte por amamentar antes e/ou depois das refeições sólidas.
Com o passar do tempo, o ritmo de mamadas pode diminuir de forma gradual. Tudo irá depender da sua vontade e a do bebê em continuar com o processo.
Para apresentar novos sabores ao bebê, é importante que a própria família já tenha uma alimentação regrada e saudável, porque torna o processo mais fácil e prático. Se não for o caso, uma mudança de hábitos é extremamente aconselhável antes da chegada à introdução alimentar.
A alimentação é a porta de entrada para uma saúde de ferro. Por isso, evite introduzir frituras, refrigerantes e demais alimentos processados que tenham sódio, gordura e corante, que podem aumentar os riscos de hipertensão, diabetes, obesidade e colesterol alto.
Também não é recomendado inserir doces, como o chocolate, na alimentação da criança nesse primeiro momento. Nesse caso, é preferível que o bebê consuma apenas o doce que vem das frutas.
E vale lembrar que a dica sobre evitar alimentos indesejados também é para a família! Se você não deseja que seu filho coma esses tipos de alimentos, evite consumi-los dentro de casa para não haver nenhum tipo de estímulo.
No início, é normal que o bebê recuse alguns alimentos e coma menos do que era esperado. Por isso, não fique frustrada se esse for o caso. É aconselhável não forçar, porque pode causar bastante irritação ao pequeno.
Por outro lado, continue estimulando e oferecendo esse alimento posteriormente. Você pode esperar alguns dias para tentar de novo e prepará-lo de outra forma (por exemplo: em um dia, a beterraba pode vir cozida em pequenos pedaços e em outro, ralada). Se mesmo assim o bebê recusar, não desista. Repita o processo até você perceber que ele aprendeu a gostar do sabor.
É importante que o bebê tenha a sua própria cadeira de alimentação, que precisa ser confortável, fácil de colocá-lo, retirá-lo e certificada pelo INMETRO. Se não for possível, é preferível colocar a criança no colo.
Os pratos, copos e talheres precisam ser próprios para o uso infantil. Caso seja possível, opte por pratos pequenos e redondos; por talheres de silicone, que não modificam a temperatura; e por copos sem bico, para não atrapalhar o processo de amamentação.
Quando for preparar as refeições do seu filhote, procure usar a mínima quantidade de sal possível e/ou substituí-lo por outros tipos de temperos, como: cebolinha, salsinha e cebola.
É importante que a apresentação aos alimentos sólidos seja feita de forma lenta, respeitando o desenvolvimento e as escolhas do bebê. Mas quais refeições devem ser oferecidas neste primeiro momento?
Existem três métodos de introdução alimentar do bebê que podem ser eficazes. Segue uma explicação básica sobre cada um deles, mas converse com o pediatra e com o nutricionista para ter uma abordagem mais específica ao seu caso. Veja só:
As papinhas são, basicamente, alimentos oferecidos em forma pastosa, que podem ser amassados no garfo ou no liquidificador. É possível misturar diferentes tipos de alimentos e sabores, como o salgado, o doce, o azedo e o amargo, até para a criança se familiarizar com todos eles.
Aos 6 meses, você pode oferecer as papinhas três vezes ao dia, de preferência no almoço (uma papa salgada e duas doces). Já a partir dos 7 meses, pode incluir mais uma salgada no jantar.
Para preparar a papa salgada, você pode utilizar um alimento de cada grupo alimentar. Procure incluir nas refeições:
Já a papa doce pode reunir frutas diferentes, como: maçã, banana, pera e mamão.
O nome desse método vem do inglês Baby-Led Weaning (em tradução livre, “desmame guiado pelo bebê”). Desenvolvido pela enfermeira e pesquisadora britânica Gill Rapley, a ideia é deixar alimentos cortados e em pedaços ao alcance do bebê, para que ele se alimente de acordo com o seu interesse e apetite.
Gostou do nome? O pê-efinho é a “versão infantil” do prato, com os mesmos alimentos já consumidos pela família, só que amassados e/ou picados em pedaços bem pequenos. É uma forma de a criança já sentir o sabor e a textura dos alimentos separadamente.
O modo como a família se reúne à mesa também pode influenciar no sucesso da introdução alimentar do bebê. Saiba o que pode ser feito neste momento!
Ainda no início, é aconselhável que toda a família se sente junto à mesa, fortalecendo a experiência social e a união. Por isso, procure evitar oferecer distrações, como celulares, tablets e a própria televisão.
Neste momento de maior interação, o bebê vai observar, perceber e até mesmo imitar o comportamento dos pais e dos demais presentes. Logo, é importante demonstrar entusiasmo com a refeição. Caso contrário, ele pode rejeitar o alimento mesmo de forma inconsciente.
Quando você força a criança a comer toda a refeição, ela pode criar uma associação negativa daquele alimento, o que pode gerar ainda mais dificuldade no processo de introdução alimentar.
Se o bebê se negar a raspar o prato, procure manter a estabilidade e não transmita nervosismo. Uma ideia é encurtar o tempo da próxima refeição para que ele entenda a importância de comer tudo.
É bem provável que durante o primeiro ano de vida, o bebê ganhe um acréscimo de peso, o que é normal, já que ele recebe muitos nutrientes nesta etapa. Com o passar do tempo, a ideia é que ele continue ganhando peso, mas sem precisar ingerir uma grande quantidade de alimentos. Por isso, não exagere no tamanho do prato.
A introdução alimentar do bebê é um grande momento da sua vida, indica uma importante fase de transição e ajuda a orientar os gostos alimentares da criança lá na frente. Por isso, é necessário respeitar todos os cuidados mostrados neste post, lembrando sempre que o leite materno pode e deve ser oferecido até os 2 anos ou mais.
Após esse período, pode acontecer o desmame da criança, que precisa ser uma etapa natural. O próprio bebê pode dar sinais de que está mais interessado nas refeições sólidas, assim como a mãe pode diminuir a quantidade de mamadas com o passar do tempo.
Lembre-se de que, durante a introdução alimentar, é muito importante respeitar a aceitação e o apetite do bebê, porque cada criança vai ter o seu tempo e o seu momento para descobrir e se entregar às refeições. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra e com um nutricionista para auxiliarem no processo.
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Temos todo o conforto que você e o seu bebê merecem.