Como ajudar o bebê a andar?
Os primeiros passos do bebê são muito esperados pelas mamães e pelos papais, que se derretem só de olhar aquele pequeno serzinho se desbravando em novas aventuras e se desenvolvendo aos poucos.
Não são raros os casos de filhos que nascem com uma necessidade especial, como a síndrome de Down, a paralisia cerebral e a microcefalia, que podem implicar em graves danos cognitivos, que podem exigir cuidados adicionais durante a vida.
Neste texto, nós procuramos falar sobre o impacto dessa condição no dia a dia dos pais e de que forma as mães podem encontrar apoio.
Desejamos uma excelente leitura!
De forma geral, é uma rotina exaustiva e desgastante, que pode envolver muitas consultas médicas e terapêuticas, mas também com ótimos momentos e boas surpresas.
Muitas vezes, os sentimentos de culpa, preocupação e de cobrança excessiva costumam ser constantes no dia a dia, causando o chamado “estresse do cuidador” na mãe, isto é, um tipo de estresse que pode desencadear sintomas – como a insônia, a irritabilidade e a tristeza – e transtornos mentais – como a ansiedade e a depressão.
A situação pode se agravar se a mãe criar expectativas quanto ao futuro da criança que não condizem com a realidade. Por exemplo: ao acreditar que a criança terá uma rotina de vida comum, mas sabendo que o seu filho tem suas limitações e terá uma vida diferente.
Porque de acordo acordo com diversos estudos, ter um filho com necessidades especiais está associado a determinadas “privações”, como: uma liberdade mais restrita – tanto dos pais quanto da criança; as expectativas de ter uma criança não deficiente; e a perda da convicção de que essa mãe é capaz de proteger o seu filho.
A fim de identificar a presença de transtornos depressivos entre os pais que cuidam de uma criança com necessidades especiais, em relação aos que não cuidam, um estudo alemão apresentou alguns resultados, como:
O fato de você sofrer raiva, frustração ou até mesmo culpa é normal. Isso não significa que você seja uma péssima mãe. Muito pelo contrário: mostra que você está preocupada com a saúde do seu filhote. Infelizmente, ainda existe uma ilusão de que a mãe é um ser “sagrado” e que precisa estar à disposição da criança 24 horas por dia, o que contribui para essa sensação de desgaste e de culpa.
Você não precisa (e nem deve) passar por esse momento sozinha. É fundamental conversar com amigos e familiares sobre a situação e sobre as dificuldades em cuidar do seu filho. As pessoas de confiança podem lhe dar o apoio necessário para você “recarregar as energias” e colocar para fora as suas dúvidas, angústias e desafios.
O apoio de um psicólogo pode fazer toda a diferença no seu tratamento. Nas consultas com o profissional, você estará 100% aberta para desabafar sobre tudo o que tem vivido, sem ter medo de que ele a julgue. Essa honestidade é fundamental para o profissional entender o que está acontecendo. Dessa forma, ele conseguirá ajudar você a lidar melhor com esses sentimentos, e até mesmo identificar possíveis quadros de sintomas e de transtornos mentais.
Outra forma de você entender melhor as circunstâncias é procurar por grupos de pais que passem pela mesma situação. Podem ser encontros tanto físicos quanto virtuais. O importante é observar a troca de experiências e ver de que forma outras pessoas estão lidando com a mesma situação.
É essencial conversar regularmente com o pediatra para que você entenda melhor a deficiência do seu filho e tire as suas dúvidas sobre ela.
Quando a mãe de um filho com necessidades especiais aceita os seus próprios sentimentos e procura por ajuda, ela se sentirá menos sozinha, mais preparada psicologicamente e correrá menos riscos de desenvolver um transtorno mental.
E lembre-se: é extremamente importante frisar que a mãe precisa tirar um tempo para si para recarregar as energias e preservar a sua saúde mental. Isso pode parecer muito difícil para qualquer mãe, especialmente para aquela que possui um filho com deficiência.
Porém, se esse for o seu caso, você precisa se lembrar de que é um ser humano e que, assim como qualquer outro, precisa respeitar a sua individualidade e fazer coisas para si, como descansar, comer, ter momentos de lazer e praticar esportes.
Ao se lembrar das suas próprias necessidades, você minimiza os riscos de sofrer do estresse do cuidador e se sente mais disposta para cuidar do seu filho.
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Temos todo o conforto que você e o seu bebê merecem.