Você mais tranquila: mitos e verdades sobre o aborto espontâneo

Você mais tranquila: mitos e verdades sobre o aborto espontâneo

O aborto espontâneo é considerado uma das maiores frustrações de um casal ou de uma mulher que deseja ter um filho. 

Independentemente das circunstâncias, esse é um caso que merece um tratamento médico adequado para não trazer graves consequências à saúde física e psíquica da mãe. 

Para você saber mais sobre o aborto espontâneo, preparamos este texto que mostra: as chances de sua ocorrência; mitos e verdades sobre o assunto; e qual é a sua diferença em relação ao aborto de repetição, outro caso que também requer auxílio de um especialista. 

Esperamos que você possa tirar algumas dúvidas e ficar um pouco mais tranquila!

O que é o aborto espontâneo?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a morte embrionária ou fetal involuntária. Ela pode ser precoce (até a 12ª semana de gestação) ou tardia (entre a 12ª e a 20ª semana), mas ainda de acordo com a OMS, geralmente ela costuma ocorrer no 1º trimestre e afeta, aproximadamente, de 10% a 15% dos casos de gravidez. No entanto, se o aborto for tardio, pode representar uma ameaça, como uma doença pré-existente ou uma complicação no colo do útero feminino.

Os sintomas mais recorrentes são sangramento vaginal, cólicas e/ou dores agudas na parte inferior do abdômem. Se a mulher apresentar sintomas de um possível aborto, ela deve receber cuidados médicos imediatamente, porque pode estar com problemas que coloquem a sua vida em risco, como: hemorragia grave, traumatismo intra-abdominal e choque. 

Entre as suas causas, mais da metade se deve a um desenvolvimento embrionário anormal, mas existem outros possíveis fatores, como: infecções genitais, tuberculose, rubéola, causas hormonais e gravidez na presença de um dispositivo intra uterino (DIU), assim como há casos em que não existe nenhuma razão específica que provoque o aborto. 

Mitos e verdades sobre o aborto espontâneo 

Como as causas desse tipo de aborto não são completamente definidas, muito se especula sobre o que pode desencadeá-lo. Pensando nisso, separamos alguns mitos e verdades frequentes sobre o assunto buscando tranquilizá-la. 

É possível prevenir um aborto

Parcialmente verdade. Embora não existam estudos que comprovem a possibilidade de evitá-lo, é possível adotar algumas medidas para reduzir o risco, como: fazer um check-up antes de engravidar para averiguar as condições de saúde da mulher; tomar ácido fólico, que ajuda no desenvolvimento do bebê; e viver um estilo de vida saudável.

Ficar doente pode levar à perda

Parcialmente verdade. Algumas doenças e infecções podem ameaçar o desenvolvimento da gestação, como: diabetes, rubéola, sarampo e toxoplasmose. Já resfriados e viroses não costumam oferecer esse tipo de risco. 

Por isso, é fundamental que a gestante esteja com a sua carteira de vacinação em dia para reduzir os riscos. 

Exercícios provocam aborto espontâneo

Parcialmente verdade. Não é o caso dos exercícios físicos leves, que são recomendados pelos médicos. Mas os intensos devem ser avaliados pelo obstetra, porque grandes esforços podem levar à fragilidade do colo de útero, que pode causar o aborto. 

Todo sangramento indica um aborto

Mito. Durante a gestação, podem surgir outros tipos de sangramento vaginal, como: com a implantação do embrião no útero e durante e após relações sexuais. Mas como a presença de sangue é um dos sintomas do aborto, é fundamental levar essa questão ao médico, independentemente do motivo. 

Quem já sofreu um aborto corre mais risco de ter outro

Mito. O primeiro aborto no 1º trimestre é considerado normal pelos médicos, e isso não significa que o risco de sofrer um aborto é maior em uma segunda gestação.

De forma geral, a investigação é feita a partir do segundo, porque pode apontar um problema de saúde da mãe ou do pai. Esse caso também é conhecido como aborto de repetição, sobre o qual falaremos a seguir. 

O que e quando é aborto de repetição?

De forma geral, é a ocorrência de três perdas seguidas, mas muitos especialistas defendem que esse tipo de aborto pode ocorrer após duas perdas consecutivas. 

Segundo um estudo da Escola de Medicina da PUCRS, o aborto de repetição acomete entre 1% e 2% dos casais e costuma ser mais comum em mulheres acima dos 40 anos.

Embora esse seja um assunto que ainda precisa de mais estudos, uma pesquisa publicada na revista Journal of Obstetrics and Gynaecology Research afirma que há alterações genéticas no embrião em, pelo menos, 40% dos casos de aborto de repetição.

Esse é um caso mais grave e que pode representar um trauma na vida da mulher ou do casal. Mas calma, toda situação deve ser conversada com o seu médico, o qual encontrará o melhor tratamento para o problema.

Considerações finais

Não existem causas específicas que desencadeiam ou que expliquem um aborto espontâneo

Apesar do trauma e da dificuldade que esse caso traz à família, é possível ter esperança. Se a mulher sofrer esse tipo de aborto, é aconselhável que ela espere de um a dois meses antes de voltar a tentar engravidar. Já no caso de ela ter passado por alguma intervenção cirúrgica, o tempo de espera aumenta para três meses. Mas lembre-se de cada caso é um caso. O mais importante é conversar antes com o seu médico para ele certificar o tempo ideal. 

O aborto espontâneo é involuntário e, por isso, não deve ser tratado como culpa de alguém, muito menos da mãe. O ideal é que o casal e/ou a mulher recebam o apoio dos entes queridos e, se possível, psicológico, para atravessar esse momento doloroso que pode deixar graves sequelas emocionais, como: tristeza profunda, frustração e raiva. 

Vale lembrar que essas reações fazem parte do processo de luto, que precisa ser vivido por certo tempo. Porém, o acompanhamento psicológico e/ou terapêutico ajudam a mulher a ressignificar esses sintomas com o passar do tempo, para que eles não afetem ou comprometam o regresso à vida normal. 

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Temos todo o conforto que você e o seu bebê merecem.

Autor: avellarmedia
Publicado há 4 anos

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