Quando divulgar a gravidez?

Quando divulgar a gravidez?

Muito provavelmente, você já ouviu falar que uma mulher só deve anunciar a gravidez para os amigos e familiares após o final do primeiro trimestre. Mas você sabe quais são os motivos que determinaram essa regra no mundo da maternidade? Afinal, será que isso deve ser realmente seguido à risca? 

Para você descobrir a resposta, explicamos, ao longo deste post, o que costuma acontecer durante o primeiro trimestre de gestação e o que deve ser levado em consideração na hora de compartilhar essa grande novidade com as pessoas que você ama. 

Desejamos uma excelente leitura!

O que acontece no 1º trimestre da gravidez?

O começo da gestação é marcado por diversas alterações hormonais, que causam enjoos, náuseas, dores de cabeça e sonolência. Mas o principal fator que pode acontecer no 1º trimestre, fazendo com que muitas mulheres prefiram não divulgar a gravidez, é o risco de aborto espontâneo.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto espontâneo costuma ocorrer nesse período e afeta, aproximadamente, de 10% a 15% dos casos. Os seus sintomas mais recorrentes são sangramento vaginal, cólicas e/ou dores agudas na parte inferior do abdômen.

Não existem causas específicas que desencadeiam ou que expliquem a ocorrência de um aborto espontâneo, mas o fato de ele ser uma possibilidade, sobretudo no começo, faz com que muitas mulheres ou casais optem por permanecer em silêncio até passarem as 12 semanas de gestação. 

Para muitos, existem vários motivos que explicam o prolongamento do segredo sobre a gravidez, como: não criar expectativas (nem para si, nem para os outros), e evitar ouvir comentários depreciativos que podem desanimar a gestante.

Quais cuidados devo ter durante este período?

Embora não existam estudos que comprovem a possibilidade de evitar um aborto espontâneo, ou de eliminar completamente as náuseas, é possível adotar algumas medidas para reduzir o risco de sofrer essas e outras consequências no início da gravidez, como:

Até que ponto vale manter o silêncio?   

Tratar a própria gestação como se fosse um segredo de estado pode trazer um sentimento de angústia para a mulher. O fato de ela ter medo de sofrer um aborto ou de frustrar as pessoas ao redor, por exemplo, faz com que ela se sinta desamparada e ainda mais insegura em um momento como esse.

Se realmente houver uma complicação durante as 12 primeiras semanas de gestação, a mulher que não divulgou a novidade para ninguém precisará enfrentar a perda sozinha, confundindo até mesmo os próprios sentimentos em relação ao feto. O mesmo vale para a mulher que contou sobre a gestação apenas para o parceiro, deixando o casal sobrecarregado em lidar com uma perda tão grande sozinho. 

Por outro lado, uma mulher que não sofre um aborto espontâneo, mas que precisa lidar com os sintomas iniciais da gestação, também pode se sentir sozinha e com dificuldades de atravessar esse momento de profundas mudanças, se permanecer em silêncio. 

É claro que cada mulher ou casal tem o direito de escolher se deseja, ou não, contar sobre a gestação no início dela. Mas existe uma enorme pressão social de que isso só pode ser feito a partir do 2º trimestre, e essa colocação se torna extremamente problemática se levarmos em conta as consequências desse segredo para a saúde física e psicológica da mulher (e do parceiro).

Como decidir se divulgo a gravidez ou não? 

O primeiro passo é a mulher, ou o casal, separar o ponto de vista médico do emocional e ponderar o que lhe mais faz sentido neste começo.

De fato, os riscos de aborto são maiores no início da gestação. Mas é necessário se lembrar que a mulher já está grávida, e já é mãe de certa forma. Mesmo que a gestação não se desenvolva, ela passou por essa experiência. 

Então, se isso fizer sentido para ela e para o parceiro, é necessário desmistificar o medo, para que ele não elimine a vivência e o brilho desse período completamente novo em suas vidas. 

Além disso, também é importante ponderar se o fato de guardar segredo está causando ou poderá causar transtornos no psicológico da mulher e do casal. Permanecer em silêncio só para “respeitar uma convenção”, mesmo se existir a vontade de contar para alguém, é uma tortura e pode levar a um grande conflito emocional. 

Considerações finais

A nossa orientação para a mulher que está grávida, ou que deseja engravidar em breve, é respeitar a sua própria vontade.

Não existe uma data certa para revelar a gravidez, como também não existe uma garantia de que ela será 100% segura do início ao fim. Pensar dessa forma faz com que seja interessante divulgá-la para outras pessoas independentemente do tempo, para que você possa contar com o apoio dos entes queridos nos momentos bons e ruins. 

Por isso, é importante refletir se você tem mesmo medo de divulgar a novidade e prefere mantê-la em segredo, ou se você está apenas seguindo uma regra que não lhe faz sentido. 

Se você achou que o nosso post possa ter te ajudado a entender sobre quando divulgar a gravidez, clique aqui e conheça o nosso Hospital Maternidade. 

Temos todo o conforto que você e o seu bebê merecem.

Autor: avellarmedia
Publicado há 4 anos

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